
Talvez só nos últimos meses eu tenha transparecido o quanto eu me importo com ela, talvez só agora ela esteja acreditando que eu sou sincera quando eu tento mudar a opinião dela, quando eu tento explicar as consequências que ela pode sofrer diante do que ela pensa em fazer, quando eu digo que eu sei o que ela tá passando (passou) e que isso já aconteceu comigo, de certa forma, mas em circunstâncias diferentes.
Há três anos ela deu o ar da graça e, um tempo depois, descobri que eu é que era a responsável por ela estar ali. Ela mesma me disse e por mais que eu dissesse que não tinha sido só eu, ela teimava dizendo que eu é que era a amiga dela. Sei que, provavelmente, eu não tenha sido a pessoa mais chegada a ela durante esse tempo mas, sei também, que nunca deixei de acreditar no potencial e na vontade que ela sempre teve de fazer as coisas. E, retribuindo essa minha credibilidade, ela cantou sede de almas a meu mando e ninguém achou um defeito pra reclamar. Foi lindo! E ela ainda veio me perguntar se havia cantado bem...
Confesso que acreditei que essa minha segurança nela pudesse mudar alguma das suas opiniões a respeito dos fatos, e ainda não perco a esperança que isso aconteça...
Nunca tinha dado tanta importância aos choros dela, geralmente eram por que ela tinha brigado com o namorado ou por que a música a havia emocionado. Ultimamente comecei a dar mais crédito e a ouvir o que ela dizia, tentando sentir o que o choro dela demonstrava. Nenhuma das vezes me comoveu tanto quanto a vez que ela me disse: "não escolheram eles pra ir, e sim eu pra ficar". Eu ainda não havia pensando por esse lado e foi a vez que eu me calei, por que nem eu achava al

Comecei a pensar que eu não devia mais falar o que eu achava, porque eu mesma não achava mais fundamento nas minhas palavras. Se ela tava se sentindo mal, ela tinha todo o direito de ir em busca da felicidade dela, mesmo que fosse em outro grupo. E se fosse da vontade dela, nada que eu dissesse iria mudar o que ela queria.
Mas, talvez, tenha mudado. Ou, talvez, falte apenas um detalhe, um gesto,... Só sei que eu prefiro ela do jeito que eu conheci há três anos, com o mesmo sorriso que ela me apareceu hoje; e não, a que passa dias chorando pra tentar aceitar as injustiças que ela vê contra ela.
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